segunda-feira, 19 de abril de 2010

A MORTE DO FAUSTO

Esqueci-me dos cigarros como quem se esquece da vida
E esqueci-me de ti como quem esquece os cigarros no café
e bebo café como se disso dependesse a minha vida
E sei que é tarde
Já é tarde...
Mas há qualquer coisas nas conversas dos bares
há qualquer coisa no gin
E há qualquer coisa no rumo do universo
Há alguma coisa que eu sei que faz muito sentido mas que ainda não percebi bem o quê.
Nada me parece importante
Mas agarrei aquela criança no banco de trás de um carro com todas as minhas forças para ela não fugir pela janela...
Há qualquer coisa importante por aí... sempre houve... simplesmente já não sei o que é
Simplesmente já não é assim tão importante
Como se fosse um desconhecido da vida
Como se fosse um espectro de mim
Como se me tivesse tornado naquele coitado com quem tanto gozei outrora
Como se fosse uma criança a tentar fugir pela janela de trás de um carro sem que ninguém me tentasse agarrar
Não deixo que ninguém me agarre.
A vida é só isto
Combinar coisas, não fazer nada e deixar que o tempo passe o mais rapidamente possível
Já passou algum tempo
Já se faz tarde
E eu vou dormir porque me esqueci dos cigarros como quem se esquece dos cigarros
Só isso.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

"põe-te no caralho"

domingo, 4 de abril de 2010

O sonho anda muito mais rápido do que o tempo
Já me fui embora há muito tempo, a verdade é esta.
tento descobrir coisas novas todos os dias e a cada segundo
como o olhar de um cão ou de uma criança (ou algo parecido com um nível de inteligência semelhante)
Não é que eu seja muito inteligente
(não sou)
Mas todas estas convenções sociais parecem-me gastas e sem sentido.
Não encontro nada novo.
Simplesmente não sei estar aqui, é só isto.
Está tudo muito à minha frente e eu perco à grande na guerra contra o tempo.
PORRA
não consigo escrever