quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

NO AMOR ELA NÃO QUER SABER DE MIM E O PASSAR DO TEMPO

Dás por ti a reparar,
-Há quanto tempo é que eu não fazia isto?
Há muito, há muito...
Já tinha tido essa ideia do relógio ao contrário,
-TAC, TIC, TAC, TIC, TAC, TIC............................................
Se eu pudesse fumar um cigarro ao contrário enquanto limpava os pulmões
Se eu pudesse pensar ao contrário e esquecer, esquecer até deixar de existir sem a angústia de deixar de existir
TAC, TIC, TAC, TIC!
A arte não é a verdade é uma actriz a representar uma puta
Os sentimentos depois das palavras em vez das palavras depois dos sentimentos...
Tudo na arte é ao contrário e tudo o que fazes na vida te faz pensar,
-Há quanto tempo é que eu não fazia isto?
E se nunca tiveres feito qualquer coisa já sonhaste isso o que faz de tudo uma repetição ou uma repetição antecipada,
-Quando é que vou fazer isto outra vez? Quando é que me vou sentir assim outra vez?
Para o bem e para o mal haverá sempre o outra vez e o tac tic e o tic tac e o cat cit e o cit cat e a humanidade a gritar,
-Eu não tive a culpa! Eu quero viver! Eu não tenho a culpa! Eu não quero morrer!
O passar do tempo e esta minha necessidade de me transportar eternamente para sítios onde não estou.
Dá-me ideia que este mundo é feito em sanitas ou atrás das moitas e só fazemos merda.
Há uma linha ténue de felicidade entre o beber e não beber.
Dá-me ideia que o álcool é o elixir da poesia, o elixir da morte...
Uma história que demora cinco mil anos a ser contada contra uma musica fantástica que demora um segundo a ser esquecida.
A felicidade ou a eternidade? A felicidade ou a eternidade? A felicidade ou a eternidade? A felicidade ou a eternidade? A felicidade ou a eternidade?
Ou o nada.
A infelicidade injustificada
A infelicidade sem mais nada
A indecisão e o relógio a disparar,
-TIC, TAC! TIC, TAC! TIC, TAC!
Sinto que acabei de escrever um dos melhores textos da minha vida
Mas a vida não é um texto, não pode ser um texto!
É uma puta!
Um dia quando eu me decidir faltará um dia para eu morrer.
(Acho que te amo e já é tarde)
Será sempre tarde de mais.

domingo, 18 de janeiro de 2009

EU QUERIA SER NINGUÉM

Desculpem
Estou numa fase em que penso muito pouco, sinceramente
Parece-me que estou no bom caminho para ser uma pessoa normal
Amanhã domingo: almoço de família, quem sabe passar pela missa... talvez passear em sintra...
Amanhã é domingo e eu sou uma pessoa normal
Vou ficar em casa, sem pensar em nada, a ver o programa do Malato.
Acho que amanhã me apaixono de verdade
Domingo é um bom dia para se estar casado
Amanhã é domingo e vou ver a bola com o meu mais novo depois do almoço de família.
Amanhã vou ensinar os meus netos a pensarem pouco
A serem pessoas normais
Amanhã vou ensinar os meus netos a serem coisas mortas
Domingo é um bom dia para morrer
Desculpem
Um dia hei-de viver e chorar fora de cena

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

ATÉ AMANHÃ!

É a esperança a bater-nos à porta
A mentira a entrar pela janela
O romance tão perto na T.V.
O amor tão longe na cabeça
E a estranha e dura certeza que o amanha já foi ontem
Até um dia!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Podemos falar do Manel

"Ninguém é quem queria ser eu queria ser ninguém é quem queria ser eu queria ser ninguém..."

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

ATÉ JÁ!

Já não me lembro se escrevia sobre mim ou sobre um ser inventado muito diferente de mim.
É que somos tão parecidos...
E como a sobriedade e a felicidade são inimigas da criação,
Hoje (e nos próximos tempos) não vou escrever mais nada.
E esse ser inventado deve estar muito feliz