segunda-feira, 6 de abril de 2009

Até já

O meu cérebro vomita um passado distante, como se fora um sonho, como se nada tivesse existido
E aqui estou eu, bêbedo, com medo de voltar a ser eu
De voltar a ser o que fui,
De voltar a ser a sombra que eu quis dar de mim
Desculpa,
Não me deixes assim,
Não quero voltar a escrever aqui.
A escrita é uma solidão a consumir-me,
É uma puta barata,
é um espelho deprimente e escuro
e é claramente a minha imagem
aquela que eu nego
e que me faz suplicar aos céus,
-Nunca mais me deixem escrever!
Eu sou eu e não me digam que nunca me viram assim
ou que,
estou a voltar a ser o que fui
Nunca fui nada
Nunca serei nada
E quando quiser ser alguma coisa vou voltar a beber e a gritar
-Por favor, Não me deixem voltar a escrever!
Vou voltar a beber e susurrar
-O meu cérebro vomita um passado distante, como se fora um sonho, como se nada tivesse existido

Um comentário:

Balbino disse...

Pareces um bêbado a vomitar. Eu acho que é assim que uma pessoa aprende. Se não for assim, como é que é?