quarta-feira, 24 de junho de 2009

Vidro.
Para mim não há nada mais do que o vidro
Nada tão sensivel
Nada tão curtante
Nada tão duro quanto o vidro
Hoje curtei-me com o vidro e curei-me com o fundo do vidro
Não há nada mais que vidro no aço em nós
Vês discórdia onde eu vejo amor e vês facas onde eu vejo vidro
Ouço palmas
Ouço palmas
As mesmas palmas pelas quais te apaixonaste
As mesmas palmas das mãos que agora fazes questão em colar
Para mim não és mais do que vidro
Algo que leva algo e que mesmo com algo se pode facilmente partir
O plastico não
O plástico é indestrutivel e eterno
Modificavel mas eterno
Inquebravel mas eterno
Tu és vidro
Tão vidro quanto o copo que não queres ver na minha mão
Tu és vidro
E eu não te quero partir
Juro que não te quero partir
Ouve, ouve, ouve,
-Deixa-me ser vidro também!

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