sábado, 2 de julho de 2011

É como se estivesse sempre a escrever o mesmo livro
de formas ligeiramente diferentes
com palavras radicalmente contrárias
se eu pudesse
não
se eu tivesse coragem
punha-me a voar
Criava um mundo de caras a chorar
Criava um mundo de lágrimas
De uma água vinda de dentro, tão de dentro, tão pura que fosse capaz de lavar este livro

É como se toda a gente fosse igual
Com formas ligeiramente diferentes
Com palavras radicalmente contrárias
se eu pudesse
não
se eu tivesse coragem
punha-me a voar
Criava um mundo onde o passado fosse o presente
Criava um mundo sem tempo
Um tempo sem futuro

É como se o mundo estivesse a abraçar o meu cérebro com força de mais
Se o mundo me deixasse
eu punha-me a voar

Ninguém te leva a sério
Nem as horas te levam a sério
Passam tão de repente, a gozar contigo, a rirem-se de ti, a apontarem para ti como a pessoa que ficou para trás

É como quando choras a morte de alguém e ninguém volta a vida
Nem de formas ligeiramente diferentes
Mas com palavras radicalmente contrárias consegues ouvir alguém morto a dizer-te:
-Põe-te a voar!


2 comentários:

stigmaticwinky disse...

aw lubis

Anônimo disse...

CHEGUEI AQUI POR ACASO, PENSO QUE VOCÊ TENHA POUCOS SEGUIDORES...QUEM TEM MUITOS? A BESTA OU DEUS TALVEZ?
ENTRE O BEM E O MAL ESCOLHEREI SEMPRE O BEM, NÃO POR ESPERAR ALGO, MAS POR ESTAR AQUI DENTRO, DENTRO DE MIM...
ENTENDO BEM O ESCRITO, A INTELIGENCIA FAZ DOER. PROCURAR RESPOSTAS? ONDE?PRA QUÊ? GLAUCO BRASIL COLONIZADO.HAVE FUN...