terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

C.D.D.E.

Criar Criar Criar
Sinto que tenho o poder de Deus
Mas a vontade do Diabo
Ah! Mas também me sinto um génio sem lâmpada
Sem uma base para voltar quando as coisas estão a correr mal
Chego ao céu desse Deus que sou
E, claro, ao inferno desse Diabo que tenho em mim
Não há meio termo
Não há uma casa onde descansar
É Criar Criar Criar
Sem garantia alguma de qualidade
Não há qualidade nenhuma nisto
(Nem sequer uma verdade que disfarce)
Sou Deus porque me sinto Deus
E Diabo porque sou Diabo
Há tanta mentira nisto como em todos os discursos políticos
E Eu acredito nisto
Eu acredito verdadeiramente nisto
Nisto que não é nada
Nisto que é tão falso como Deus ou o Diabo
Ou tão falso quanto eu
A verdade transforma-se em técnica e a técnica em falsidade e a falsidade em verdade mentirosa E isto é tão verdade quanto a verdade original
Esta falsidade é tão verdade quanto a verdade original
A minha verdade
A verdade de Deus
Tão verdade quanto a mentira do Diabo
A minha mentira
É mentira
É mentira
É mentira
É mentira
É mentira
(porque ninguém contestará a mentira)

2 comentários:

Anônimo disse...

O autor deste blog oferece um prémio indeterminado (diz-se que é um livro de sua autoria que ainda não foi escrito) a quem adivinhar o significado do título.

Podem pedir pistas, mas ficam sem prémio.

Balbino disse...

Desde que acredites no que fazes... =)