segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

(se eu me alimentar bem não hei-de morrer tão cedo)

Há manchas no meu tapete
E tenho um armário personalizado
E palavras na minha cabeça
E uma ventoinha estragada no chão que não sopra as palavras para fora da minha cabeça
Tenho uma lâmpada apagada na minha alma
E os colunas a funcionar nos meus ouvidos
Tenho cieiro nos lábios e os lábios fechados, juntos, a namorar um com o outro.
Tenho o Bob caquético nos meus ouvidos e o decote arrojado da Scarlett nos meus olhos
Há tapetes por onde ando e repetições sem sentido na minha cabeça
Tenho o meu peito e o meu cérebro fechados, separados, a lutarem um contra o outro.
(se eu me alimentar bem não hei-de morrer tão cedo)
Tenho uma janela aberta no meu escritório e um quadro velho e ao contrário no meu chão
Tenho manchas personalizadas
E palavras na minha cabeça
E uma ventoinha estragada no chão que não sopra as palavras para dentro da minha cabeça
Há tapetes por onde ando e repetições sem sentido na minha alma
(se eu me alimentar bem não hei-de morrer tão cedo)
Tenho um copo vazio na mão e uma perturbação na secretária
Tenho uma caixa Frágil no meu chão
e o chão frágil nos meus pés
Tenho sede
Não!
Tenho fome
(se eu me alimentar bem não hei-de morrer tão cedo)


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