quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O nervosinho estúpido que antecede as estreias
Começo a sentir-me dois
Já me sinto dois
Eu e ele
Eu agora e eu antigamente
Eu e o futuro dele
O meu presente de aniversário
Aquele inesquecível presente de aniversário repetido durante anos
E navega em mim, no mais fundo de mim, no mais enterrado de mim
Um morto-vivo a partir da minha infância falecida
tenho medo
tenho frio
As gargalhadas surdas à minha volta
Não consigo dormir
Mãe, não consigo dormir!
"Só uma voz se levantou para me defender
a coitada da minha mãe chocada com aquilo tudo"
Foi tudo verdade
As gargalhadas surdas à minha volta
A estranha saudade da maldade na sua pureza original
Quem é que está a escrever?
Qual de nós está a escrever caraças?
Caraças?
Que merda é esta?
Amanhã
Só amanhã
Agora não
Deixa-me dormir
Agora não
"Não, não, Por favor, não!"
Até amanhã
Amanhã seremos um outra vez

Nenhum comentário: